O governo
de João
Goulart
9º Ano
Professora Doutora Andreia Mendes
A crise de 1961
•Eleição
de Jânio Quadros, candidato da UDN.
•Governo
contraditório.
•A renúncia
de Jânio e o impedimento de posse do vice-presidente, Jango.
•João
Goulart: mal visto pelas forças militares e pela burguesia empresarial.
•Os
ministros militares de Jânio elaboram um Manifesto à Nação expondo suas razões
para impedir a posse de Jango.
•Identificação
do vice-presidente com a “república sindicalista”, com a corrente nacionalista
partidária das reformas de base.
•Paralisação
nas fábricas, greves, ameaça à Embaixada dos Estados Unidos e empastelamento
dos jornais O Globo e Tribuna da Imprensa.
•Ação
da censura no estado da Guanabara sobre o Jornal do Brasil e prisão do Marechal
reformado Teixeira Lott.
•Tentativas
de levantes e insubordinação na Aeronáutica.
•A ala
legalista das forças armadas mostra apoio a Jango. O general José Machado Lopes
garante o cumprimento da Constituição.
•Criação
da (Rede) Cadeia da Legalidade, movimento liderado por Leonel Brizola nos meios
de comunicação para garantia de posse do presidente e luta contra a intervenção
militar.
O Parlamentarismo
•Aborto
do Golpe de 61 e criação do parlamentarismo: “reinaria mas não governaria”.
•Regime
parlamentarista instituído por 233 votos contra 55.
•Concessões
políticas por parte de João Goulart: adoção do parlamentarismo, neste modelo o
congresso nacional e o presidente do conselho de ministros assumiam algumas
prerrogativas do poder executivo.
•Indicação
de Tancredo Neves (PSD) para o cargo de primeiro ministro: poucos
qualificativos e compromissos reformistas.
•Previsão
de um plebiscito no qual se confirmaria a manutenção dessa forma de governo.
•Falência
do modelo parlamentarista relacionada à paralisia do sistema político.
•Críticas
da UDN através de Carlos Lacerda e uso da imprensa contra o presidente.
•Tentativa
de Jango de renegociar a dívida externa com Kennedy: impossibilidade de atender
aos interesses americanos, como o rompimento diplomático com Cuba, liberdade na
remessa de lucros e dividendos, garantias para os investimentos dos Estados
Unidos no Brasil.
•Tancredo
Neves renuncia ao cargo e Francisco Brochado da Rocha é indicado como novo
primeiro ministro.
•A
crise econômica associada com a
conjuntura política favorece a luta pelo fim do parlamentarismo
•Apresentação
ao congresso da Lei Capanema-Valadares, convocando o plebiscito para 7 de
janeiro de 1963.
•No
dia 23 de janeiro era revogado o Ato Adicional nº. 4 e o Brasil voltava para a
Constituição presidencialista de 1946.
O contexto janguista
•Predomínio
da economia industrial a partir do final da II G.M.
•Oposições
entre entreguistas e nacionalistas.
•“Sem
a reforma agrária a economia brasileira estaria fadada à estagnação ou, então,
a uma crescente dependência em relação aos investimentos estrangeiros”.
•Para
a realização da reforma agrária, a Constituição previa indenização dos
proprietários. Uma emenda poderia alterar a desapropriação, garantindo a
reforma: rejeição por parte do Congresso.
•Posicionamento
das ligas camponesas e de seu líder Francisco Julião contra o presidente João
Goulart.
•Os
comunistas enxergavam com bons olhos Jango, defensor da reforma agrária e
anti-imperialista.
•Aproximação
de Jango com o PCB: última tentativa de uma política moderada.
•Plano
previa aumento do crescimento em 7% e a redução da inflação em 10%. Dois terços
dos investimentos para o plano eram da iniciativa privada e um terço do Estado.
Considerado plano de superfície, pois a estrutura do país não foi alterada.
•Fracasso
do plano trienal coordenado por San Thiago Dantas e Celso Furtado: proposta de
captação de recursos internacionais, controle nos gastos públicos, aumento do
crédito e política salarial.
•Aproximação
de Goulart com os trabalhistas liderados por Brizola.
•Inflação,
descontentamento popular, greves e críticas.
A preparação para o golpe
•Presidente visto com desconfiança
pela elite e Forças Armadas.
•Anúncio das Reformas de Base em
1963;
•Reforma agrária, controle sobre os
lucros das empresas estrangeiras, ampliação do direito de voto aos analfabetos,
etc.
•Movimentos de camponeses e
estudantes pressionando o presidente para as reformas.
•Propostas de Jango ameaçavam
grandes interesses internos e externos.
•Aliança entre o setor conservador
das igrejas, classe média, empresariado e forças armadas contra João Goulart.
•Deposição do presidente através de
um golpe militar apoiado pelos Estados Unidos.
A mobilização para o golpe
•Tentativa
por parte do presidente de instalar um estado de sítio.
•Projeto
de reforma agrária proposto ao congresso: derrota na bancada.
•Anúncio
da nacionalização de refinarias particulares de petróleo e desapropriação de
terras com mais de 100 hectares.
•Organização
por parte da direita, igreja católica e de associações empresariais de “marchas
da família com Deus pela liberdade”.
•Apoio
do presidente ao levante dos marinheiros e quebra da hierarquia militar,
conduzindo a ala legalista para a oposição.
•Organização
do golpe pela UDN através dos governadores Magalhães Pinto e Carlos Lacerda:
deposição do presidente em 31 de março de 1964.
•Em 15
de abril o general Castelo Branco assume a presidência da República.
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