domingo, 28 de março de 2010

Em nome do Pai?

Nas últimas semanas, a mídia divulgou escandalosos casos de pedofilia envolvendo membros da igreja católica. Não é a primeira vez que denúncias sobre abusos sexuais são feitas contra sacerdotes católicos.
O último papa, João Paulo II, recebeu diversos relatos e confissões de padres pedófilos, mas a justiça do vaticano é diferente daquela que deve ser aplicada no mundo. Talvez por tratar-se da Cidade de Deus, mas num conceito diferente daquele pensado por Agostinho de Hipona. Será que as leis dos homens não servem para julgar os crimes dos filhos do Pai? Principalmente quando estes crimes são feitos à sombra Dele?
O papa Bento XVI mostrou a mesma indulgência em relação aos sacerdotes pedófilos. A sua omissão enquanto cardeal para averiguar e afastar os pedófilos do sacerdócio, atualmente é vista com bastante crítica por parte da opinião pública em todo o mundo.
Foi o tempo que todo desvio de comportamento era rigorosamente investigado pelo tribunal católico e as penas duras eram aplicadas com o rigor da irracionalidade. Um tempo de indulgências sem fim foi iniciado e "em nome do pai", crianças e adolescentes são violentados fisicamente e psicologicamente dentro das igrejas e suas instituições. Porém isto não é levado em consideração pelo alto clero, afinal os sacerdotes são pastores que precisam abraçar suas ovelhas.
Domingo de Ramos é um rito que inicia uma semana de reflexões para os cristãos de todo o planeta. Mais importante seria se cada membro da igreja voltasse os olhos para o presente e interpretasse com mais respeito à integridade da pessoa humana a passagem do evangelho que diz: Deixai vir a mim as criancinhas.

quarta-feira, 10 de março de 2010

M de Março, M de Mulher

No século XIX, auge da Revolução Industrial nos Estados Unidos, um grupo de operárias resolveu organizar-se para reinvidicar melhores condições de trabalho e salários mais justos. As mulheres foram trancadas num galpão da fábrica e a construção foi incendiada de forma criminosa, consumidas nas chamas, as ideias daquelas dezenas de mulheres espalharam-se como fumaça pelo mundo e no século XX foi instituído o Dia Internacional das Mulheres.
As relações entre os gêneros foram alteradas desde que a mulher tomou consciência do seu amplo papel na sociedade e passou a ocupar cadeiras nas universidades e postos de trabalhos.
Entretanto o preconceito, associado com a desinformação, impedem que milhões de mulheres sejam reconhecidas e respeitadas nos lares e no mercado de trabalho. Centenas de pesquisas confirmam que ao redor do mundo, a igualdade de fato entre homens e mulheres encontra-se muito distante do discurso proferido. É como se todos os dias fossem o Dia do Homem, e apenas o 08 de março fosse dedicado à mulher.
Nesta perspectiva, penso que março como maio são os meses com a letra M, M de mulher. A propósito, estas são as épocas quando a natureza feminina é mais lembrada e cantada, mas ainda longe de ser totalmente valorizada.
Em homenagem ao mês das mulheres e ao Oito de Março, transcrevo um texto atribuído ao escritor francês Victor Hugo. Parabéns à alma imortal feminina.
O Homem e a Mulher
O homem é o mais elevado das criaturas. A mulher o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono, para a mulher um altar; o trono exalta e o altar santifica.
O homem é cérebro, a mulher é coração; o cérebro produz a luz, o coração produz o amor, a luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é o gênio, imaculável, a mulher anjo indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória, a aspiração da mulher é a virtude extrema; a glória promove a grandeza, a virtude a divindade.
O homem tem a supremacia, a mulher a preferência; a supremacia significa força, a preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão, a mulher é invencível pelas lágrimas; a razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos, a mulher de todos os martírios; o heroísmo nobilita, o martírio purifica.
O homem é um código, a mulher um evangelho; o código corrige, o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo, a mulher é um sacrário; ante o templo, nos descobrimos, ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa, a mulher sonha; pensar é ter larva no cérebro, sonhar é ter na fonte uma auréola.
O homem é um oceano, a mulher um lago; o oceano tem pérola que adorna, o lago poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa, a mulher o rouxinol que canta; voar é dominar o espaço, cantar é conquistar a alma.
O homem tem ym farol: a consciência, a mulher uma estrela: a esperança; o farol guia, a esperança salva.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra, a mulher onde começa o céu.

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