quarta-feira, 10 de março de 2010

M de Março, M de Mulher

No século XIX, auge da Revolução Industrial nos Estados Unidos, um grupo de operárias resolveu organizar-se para reinvidicar melhores condições de trabalho e salários mais justos. As mulheres foram trancadas num galpão da fábrica e a construção foi incendiada de forma criminosa, consumidas nas chamas, as ideias daquelas dezenas de mulheres espalharam-se como fumaça pelo mundo e no século XX foi instituído o Dia Internacional das Mulheres.
As relações entre os gêneros foram alteradas desde que a mulher tomou consciência do seu amplo papel na sociedade e passou a ocupar cadeiras nas universidades e postos de trabalhos.
Entretanto o preconceito, associado com a desinformação, impedem que milhões de mulheres sejam reconhecidas e respeitadas nos lares e no mercado de trabalho. Centenas de pesquisas confirmam que ao redor do mundo, a igualdade de fato entre homens e mulheres encontra-se muito distante do discurso proferido. É como se todos os dias fossem o Dia do Homem, e apenas o 08 de março fosse dedicado à mulher.
Nesta perspectiva, penso que março como maio são os meses com a letra M, M de mulher. A propósito, estas são as épocas quando a natureza feminina é mais lembrada e cantada, mas ainda longe de ser totalmente valorizada.
Em homenagem ao mês das mulheres e ao Oito de Março, transcrevo um texto atribuído ao escritor francês Victor Hugo. Parabéns à alma imortal feminina.
O Homem e a Mulher
O homem é o mais elevado das criaturas. A mulher o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono, para a mulher um altar; o trono exalta e o altar santifica.
O homem é cérebro, a mulher é coração; o cérebro produz a luz, o coração produz o amor, a luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é o gênio, imaculável, a mulher anjo indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória, a aspiração da mulher é a virtude extrema; a glória promove a grandeza, a virtude a divindade.
O homem tem a supremacia, a mulher a preferência; a supremacia significa força, a preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão, a mulher é invencível pelas lágrimas; a razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos, a mulher de todos os martírios; o heroísmo nobilita, o martírio purifica.
O homem é um código, a mulher um evangelho; o código corrige, o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo, a mulher é um sacrário; ante o templo, nos descobrimos, ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa, a mulher sonha; pensar é ter larva no cérebro, sonhar é ter na fonte uma auréola.
O homem é um oceano, a mulher um lago; o oceano tem pérola que adorna, o lago poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa, a mulher o rouxinol que canta; voar é dominar o espaço, cantar é conquistar a alma.
O homem tem ym farol: a consciência, a mulher uma estrela: a esperança; o farol guia, a esperança salva.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra, a mulher onde começa o céu.

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