sábado, 24 de novembro de 2012

Minhas dicas para os vestibulandos



Começou a maratona rumo a uma vaga nas universidades públicas e escrevi dez dicas para meus ex-alunos e espero que sejam úteis para você. Tenha um excelente resultado!
1- Use a véspera da prova para descansar a sua mente. Assista um filme leve, leia um livro que não seja didático, escute suas músicas
favoritas.
2- Aproveite para passear com a família e os amigos e lembre de avisar para todos que a ordem do dia é ZERO pressão sobre o dia de amanhã.
3- Tem um (a) namorado (a)?, curta bastante sua companhia, para compensar um pouco as ausências forçadas graças ao ritmo de estudos.
4- Nada de se empanturrar de frituras, gorduras. Faça refeições nutritivas e leves.
5- Antes de dormir, coloque o despertador para um horário que seja suficiente para você chegar com tranquilidade até o local da prova. Caso ainda não saiba onde é, olha no google maps e se informe sobre rotas alternativas, transporte público e quem pode oferecer uma carona.
6- Tome um chá antes de deitar, durma cedo, pelo menos para garantir uma média de 7h ou 8h de sono. Menos do que isso vai tirar parte de sua concentração.
8- Lembre-se que todo o seu esforço já foi realizado, hoje é dia de relaxar e deixar sua mente mais livre, assim os conteúdos e temas para as provas estarão mais fixos em sua memória e você estará sem zero estresse.
9- Leve uma garrafa com água, mas cuidado com o excesso de doces durante a elaboração da prova. Eles podem variar seus níveis de atenção, prejudicando sua performance em algumas questões.
10- E por último, muito sucesso em sua prova, espero mesmo ter ótimas notícias e ser convidadas para algumas celebrações. Um forte abraço para cada um e "Carpe Diem".






quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O mito da caverna

Em abril de 1997, tive meu primeiro contato com a filosofia platônica e desde então, reflito bastante sobre o quanto o mundo ideal se reveste de mundo real na vida de cada um. Quem apresentou Platão para a turma de História da UFRN naquele ano foi o professor Zoroastro através do texto Mito da Caverna, narrado pela filósofa Marilena Chauí.
A importância dessa alegoria hoje talvez seja maior do que foi na sua época, principalmente agora que vivemos na era do simulacro e das simulações. De fato, Platão descobriu um importante elemento para nos ajudar a ver a realidade de forma mais crítica.
Encontrei o texto original dado pelo professor, já amarelado e rasgado nas pontas, e aproveito para trazer para vocês essa grande alegoria. Boa leitura e reflexão!

O MITO DA CAVERNA
Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-escuridão, enxergar o que se passa no interior.
A luz que ali entra provém de uma imensa fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta - palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.


Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (a caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.
Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombaria dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe, alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade?
O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das ideias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar e outros prisioneiros? A dialética. O que é a visão do mundo real iluminado? A filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembleia ateniense)? Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real o único verdadeiro.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 6ª ed. São Paulo: Ática, 1995. Unid. 1, cap. 3, p.40-41.

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