quinta-feira, 30 de julho de 2009

A educação da diversidade nos níveis fundamental e médio

Este artigo foi publicado ano passado na Revista Inter-Legere. É o relato de duas experiências com o estudo sobre a África. Na época do Congresso de exposição deste trabalho, o professor Nelson Tomazzi teceu comentários positivos com a minha estimada colega Lenina sobre a importância destas propostas no Ensino Básico.
Espero que façam uma boa leitura.
REVISTA ELETRÔNICA INTER-LEGERE – NÚMERO 03 (JUL/DEZ 2008).
1
A educação da diversidade nos níveis fundamental e médio
Autor: Andréia Regina Moura Mendes
A Lei N٥ 10.639, de 9 de janeiro de 2003 torna obrigatório na rede de ensino nacional o
estudo da “História e Cultura Afro-Brasileira”. Ao longo dos últimos anos desenvolvemos
diversas atividades que privilegiam o estudo do outro e o resgate de suas práticas culturais
e dinâmicas sociais.
O estudo sobre a África e o Brasil africano perpassa toda a estrutura curricular do
ensino fundamental e recebe o mesmo enfoque nas séries do ensino médio. Este relato
apresenta duas experiências efetivadas no ano de 2007 em duas realidades
socioeconômicas diferentes, vivenciadas em áreas distintas da Grande Natal. As
atividades foram desenvolvidas numa escola particular da capital e numa instituição
pública de ensino médio de Parnamirim. Estas experiências nos mostraram a importância
de educar o nosso aluno para olhar sobre a alteridade de forma que ele possa também
fazer o exercício relativista. Para a apreensão de determinados conceitos, como cultura,
identidade, patrimônio, trabalhamos com textos adaptados das ciências sociais e
levantamos diversas discussões antes da apresentação dos trabalhos.
A primeira experiência ocorreu no mês de outubro de 2007. O trabalho foi
desenvolvido em quatro salas de 7º ano, com um conjunto de 135 alunos. Como proposta
curricular, o livro didático oferece um capítulo sobre a História da África. Montamos um
programa de estudo e investigação que culminou com a apresentação dos dados obtidos
na forma de uma gincana cultural. O primeiro passo foi realizar a leitura e debate do
capítulo: “A África dos grandes reinos e impérios”, contido na obra didática “História das
REVISTA ELETRÔNICA INTER-LEGERE – NÚMERO 03 (JUL/DEZ 2008).
2
cavernas ao terceiro milênio”.1 Após a aula expositiva e os comentários tecidos pela turma,
sugerimos a ampliação de nosso estudo com a coleta de dados sobre os vários aspectos
da cultura africana: lendas, mitologia, culinária, cultura material, obras literárias e de
pesquisa, além de música. Os alunos, divididos em grupos precisavam reunir estes dados
e organizá-los para a apresentação.
Uma das tarefas foi a elaboração do perfil socioeconômico das nações africanas,
abordadas no capítulo. Para tanto, utilizaram-se de atlas, enciclopédias e livros de
geografia para complementar o quadro exigido.
Outra tarefa oportunizou aos alunos abandonarem uma série de (pré) conceitos
estabelecidos em relação à religiosidade africana. Propomos uma coleta de dados sobre
as religiões e rituais de origem afro, com a elaboração de ensaio escrito e montagem de
mural sobre a presença destes ritos em duas expressões religiosas no país: o candomblé
e umbanda. O panteão de divindades chamou a atenção de muitos alunos que trataram de
estabelecer pontes com outras sociedades politeístas da antiguidade e do tempo atual.
Com a pesquisa pronta a apresentação da conclusão do trabalho foi na forma de uma
gincana cultural, que contou com o envolvimento de todos os alunos e a participação dos
pais na seleção de materiais, disponibilizando alguns objetos para o trabalho final. Com
esta atividade percebemos que o respeito e a tolerância precisam ser incentivados em
todas as séries do ciclo básico. Através do estudo da alteridade, podemos estimular o
aluno a enxergar um pouco mais de si dentro da própria humanidade.
A experiência seguinte desenvolveu-se no mês de novembro de 2007, em celebração
ao Dia Nacional da Consciência Negra. As atividades programadas para dois dias
envolveram 14 salas de aula de ensino médio de uma escola pública do município de
Parnamirim. Nesta atividade enfrentamos diversas dificuldades para mobilizar alunos e
demais professores. Apesar da resistência e falta de apoio de metade do corpo docente,
programamos a abertura com a professora de História e Cultura do RN para explicar aos
alunos o significado do Dia Nacional da Consciência Negra, a importância de Zumbi dos
Palmares e a resistência da cultura negra no Brasil.
1 BRAICK, Patrícia Ramos, MOTTA, Miriam Becho. História das cavernas ao terceirto milênio. São Paulo: Moderna, 2007.
REVISTA ELETRÔNICA INTER-LEGERE – NÚMERO 03 (JUL/DEZ 2008).
3
Convidamos também uma aluna de um grupo remanescente quilombola para falar
sobre pertencimento étnico e identidade cultural. Em seguida, a professora de Língua
Portuguesa organizou um jogral com os alunos de duas salas de aula, a partir de um
poema escrito pelo supervisor escolar sobre a consciência negra. No final da primeira noite
do evento contamos com dois grupos de lutas de capoeira da cidade de Parnamirim. Na
noite seguinte, havia mais interesse por parte dos alunos sobre as atividades programadas
para aquele segundo dia. Mesmo com a crescente participação dos alunos, muitos
professores não compareceram ao trabalho na escola, o que demonstrou pouco
compromisso com as temáticas que seriam discutidas naquela ocasião. Para abrir a
programação convidamos o Sr. E., ex-integrante da banda X. para proferir uma palestra
sobre o preconceito na atual sociedade. Dando continuidade à programação, duas alunas
encenaram uma dança black que entusiasmou os jovens presentes. E fechando a noite,
mais uma roda de capoeira. Lembrando ainda que houve uma contextualização das
práticas culturais demonstradas.
As duas atividades colaboram para a necessidade de ampliação do debate sobre o
ensino e a aprendizagem da diversidade nas escolas públicas e privadas. Servem ainda
de modelos de experiências nas quais os temas relacionados a patrimônio imaterial,
cultura, identidade e etnicidade podem ser abordados respeitando a maturidade e grau de
aprofundamento de cada série envolvida. Um aluno que compreenda estes conceitos
pode encontrar-se mais preparado no futuro para lidar com uma sociedade pluralista e
multicultural.

domingo, 26 de julho de 2009

Um Post-in: a morte e o cinema


Sempre começa com uma lista de filmes que você gostaria de ver; alguns deles você corre ao cinema e assiste ainda na semana da estreia, outros, você aguarda aparecer na locadora, ou na banca de DVD.
Comigo ainda existe um outro processo: compro alguns filmes com temáticas interessantes e guardo para vê-los num contexto específico. Foi assim que reservei três títulos que me surpreenderam com o tema revelado ao longo do roteiro: a morte.
O primeiro filme tem como título original “The bucket list”. No Brasil foi chamado “Antes de Partir”. Tem como atores principais Jack Nicholson, no papel de um empresário e Morgan Freeman, interpretando um mecânico de automóveis. Em síntese, dois homens de meia idade descobrem, ao mesmo tempo, que estão doentes de câncer e que não existem grandes expectativas de cura. Há uma possibilidade apenas: aproveitar cada momento que existe para realizar todos os sonhos e desejos que alimentaram durante sua vida; desejos e sonhos estes que não puderam ser concretizados pelos esforços junto à família ou na construção da carreira.
Inicialmente o espectador percebe que a trama da história é tecida no sentido de apontar a importância de realizar nossos desejos pessoais, respeitando nossa individualidade, entretanto a surpresa que nos aguarda reforça o valor de viver nossas relações da melhor maneira possível.
O segundo filme que trata do tema morte tem um enfoque no altruísmo e na remissão da culpa. “Seven pounds”, ou “Sete vidas” mostra o drama de Ben Thomas, interpretado por Will Smith, e a sua jornada para a redenção de um erro fatal envolvendo as vidas de sete pessoas. O drama é revivido em flashes, que aguçam a curiosidade do expectador, ao mesmo tempo que, revelam a fragilidade da condição humana diante de situações adversas.
A força desta produção encontra-se na capacidade de nos fazer refletir sobre a perda e o apego, como também nos mostra um outro caminho para a consolação: doar-se integralmente ao outro, não importa quem o seja. É de encher os olhos e o espírito.
E finalmente, “Dead like me- Life after death”, no Brasil foi lançado com o título “Dead like me- A morte lhe cai bem”. O enredo mostra a história de pessoas mortas que atuam enquanto ceifadores, ou coletores de almas e das problemáticas que lhes atingem quando elas esquecem de cumprir sua missão: fechar o ciclo de vida das pessoas.
No início do filme existe uma explicação sobre o surgimento da vida baseada no criacionismo, além de uma versão mítica para justificar o aparecimento da morte na terra. Entretanto, ao longo da trama a lei de causa e efeito é apresentada.
Como no filme “The Bucket list”, “Dead like me” nos chama atenção para a nossa responsabilidade perante a vida e o quanto devemos cultivar as nossas relações antes que os ceifadores cheguem. A personagem principal George Lass pergunta para um jovem candidato à uma vaga na sua empresa: “O que gostaria de fazer antes de morrer?”, e a sua resposta prosaica demais nos alerta para o bem viver e o bem fazer. Esse é o desafio de todos nós. Depois de ver estes filmes acredito que para a morte deixaremos um post-in: volte quando tivermos vivido o bastante.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mensagem na garrafa: uma surpresa numa noite cansada da vida

Voltava da escola pública que trabalhava no turno da noite. O clima interior era de derrotismo e de descrença com tudo ao redor. Entrei no transporte público com destino à minha casa quando vi um papel depositado com cuidado ao lado do banco que eu estava sentada: uma folha de caderno, cuidadosamente dobrada e com uma caligrafia refinada. Abri o papel e comecei a leitura. A surpresa foi a mesma de quem encontra uma mensagem dentro de uma garrafa que bóia num mar de incertezas. A mensagem chama-se: Motivação para o seu dia.
Fiz a leitura ainda na pouca luz do transporte público, mas quando voltei para casa reli muitas vezes e considerei aquele papel como um achado importante de estímulo e de renovação de esperanças.
Hoje trago para vocês a mesma mensagem que achei 3 anos atrás, espero que lhes traga ânima.
MOTIVAÇÃO PARA O SEU DIA
“Hoje acorde para vencer”. A automensagem positiva logo pela manhã é um estímulo que pode mudar seu humor, fortalecer sua autoconfiança e pensando positivamente, você reunirá forças para vencer os obstáculos. Não deixe que nada afete seu estado de espírito; Envolva-se pela música, cante ou ouça.Comece a sorrir mais cedo; ao invés de reclamar quando o relógio despertar, agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia; O bom humor é contagiante: espalhe-o. Fale coisas boas, de saúde, de sonhos com quem você encontrar. Não se lamente, ajude as outras pessoas a perceber o que há de bom dentro de si; Não viva emoções mornas ou vazias. Cultive seu interior, extraia o máximo de pequenas coisas. Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você as estima e precisa delas. Repense seus valores e dê a si mesmo a chance de crescer e ser mais feliz. Tudo que merece ser feito, merece ser bem feito. Torne suas obrigações atraentes, tenha garra e determinação. Mude, opine, ame o que você faz. Não trabalhe só por dinheiro e sim pela satisfação da “missão cumprida”. Lembre-se nem todos têm a mesma oportunidade. Pense no melhor, trabalhe pelo melhor e espere o melhor. Transforme seus momentos difíceis em oportunidade. Seja criativo (a) buscando alternativas ao invés de problemas, veja o lado positivo das coisas e assim você tornará seu otimismo uma realidade; Não inveje. Admire! Seja entusiasta com o sucesso alheio como seria com o seu próprio. Idealize uma competência e faça auto-avaliação para saber o que está lhe faltando para chegar lá; ocupe seu tempo crescendo, desenvolvendo sua habilidade e seu talento. Só assim não terá tempo para criticar os outros. Não acumule fracassos e sim experiências. Tire proveito de seus problemas e não se deixe abater por eles. Tenha fé e energia, acredite. Você pode tudo o que quiser; Perdoe, seja grande para os aborrecimentos, pobre para a raiva, forte para vencer o medo e feliz para permitir a presença de momentos infelizes. Não viva só para o seu trabalho. Tenha outras atividades paralelas como: esportes, leitura, cultive os amigos. O trabalho é uma contribuição que damos para a vida, mas não se deve jogar nele todas as nossas expectativas de realizações; Finalmente ria das coisas à sua volta, ria de seus problemas, de seus erros, ria da vida. “A gente começa a ser feliz quando somos capazes de rir da gente mesmo”
Que Deus lhe abençoe, hoje e sempre...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Le Petit Prince


O ano era 1990, eu tinha quase 13 anos de idade, mas me considerava mais adolescente do que as outras adolescentes que eu conhecia. E procurava ler mais do que elas, o que na época pareceu um pedantismo intelectualista.
Era uma boa leitora, no ano anterior tinha recebido um prêmio na disciplina de Língua Portuguesa por uma resenha do livro A volta ao mundo em 80 dias, do Júlio Verne. Mas naquela nova série estava preocupada com outros tipos de leitura. Foi quando as colegas de sala invadiram minha casa para falar da novidade: haveria um novo concurso de resenhas, e a professora de Língua Portuguesa havia me escolhido para concorrer em nome da minha turma.
A vaidade era enorme, por dentro me sentia com 10 pernas, mas quando as colegas falaram qual o título do livro, de imediato perdi o interesse.
O título original é Le Petit Prince, do escritor Antoine de Saint-Exupéry. Aquele livro não me parecia um livro adequado para uma adolescente e rejeitei o projeto com todo o drama que acompanha esta idade. Entretanto não havia escolha, a turma necessitava da minha resenha para acumular pontos na gincana escolar; eu tinha que fazê-la.
Comecei lendo de cara amarrada, com jeito de quem fazia algo muito contra a sua vontade, mas foi aí que o encanto da obra fez efeito sobre mim e aos poucos, aquela história tinha me cativado tanto que eu me tornei responsável por divulgá-la na forma de uma resenha literária.
Quase 20 anos depois me matriculo como aluna regular de Língua Francesa e como presente recebo na minha caixa de e-mail Le Petit Prince, na versão francesa. O texto ainda é desconhecido, mas as ilustrações são as mesmas. Vê-las me transportou para um tempo no qual acreditava que não havia espaço no mundo para a pureza e ingenuidade, hoje sinto que o mundo tem necessidade do que é puro e belo e eu me percebo ainda como leitora ávida e aberta para apreender as sempre atuais lições do pequeno príncipe, nem que seja pra acrescentar algo de bom no mundo que é meu.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

América Lat(r)ina

Por meses relutei em escrever sobre a profunda crise do regime democrático na América Lat(r)ina.
As reflexões surgiram um ano atrás quando tive contato com a obra de Anthony Giddens, Mundo em descontrole: o que a globalização está fazendo de nós. Neste livro de leitura breve, Giddens reafirma o poder da democracia e seu caráter revolucionário nas últimas décadas do século XX, mas também aponta o desencanto que as democracias modernas provocam em todas as nações ocidentais.
Basta citar a porção sul do continente americano para ver que maus exemplos não faltam: da Venezuela, passando pela Bolívia e chegando ao Brasil, o que temos presenciado é uma derrocada dos regimes ditos democráticos, que utilizam-se do povo (o mesmo que Rousseau afirmava que dele emanava a soberania) para legitimar práticas de permanência no poder, utilizando-se de instrumentos populares de votação, como o plebiscito, na manipulação das massas e obtenção de resultados.
Eu tenho algumas questões, gostaria de respostas:
O que pensar de um Senado que tem como presidente alguém mergulhado em escândalos de corrupção? O que esperar de uma instituição que é representada por um conselho de etica (e aqui me atrevo a escrever com letra minúscula) que decide pela não cassação de um deputado encastelado? Como acreditar num partido que pede o afastamento do presidente do senado pela manhã, mas depois do chá da tarde muda de ideia?
América Lat(r)ina, realmente a coisa pública por aqui fede, e como o mau cheiro se espalha na fórmula de suas moléculas, os odores já chegaram mais ao centro e infectaram Honduras. E onde vamos parar? Apenas democratizando a democracia estaremos livres da praga da corrupção e do velho, mas sempre atual, voto de cabresto, que são as mazelas que alimentam a podridão de democracias falhas, limitadas e de fantasia, como a nossa.

Obrigatoriedade do diploma de jornalista: senador sergipano lança emenda.


01/07/2009 - 19h42
Senador apresenta projeto que torna obrigatória exigência de diploma para jornalista
Da Agência Senado
O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) apresentou, nesta quarta-feira (1º), proposta de emenda à Constituição (PEC) que vincula, obrigatoriamente, o exercício da profissão de jornalista aos portadores de diploma do curso superior de jornalismo. A PEC tem como objetivo superar o impasse provocado pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, no mês passado, declarou nula a exigência do diploma prevista no decreto-lei 972, de 17 de outubro de 1969.
Leia mais sobre o caso
PEC, entretanto, apresenta duas ressalvas, ao permitir que colaboradores possam publicar artigos ou textos semelhantes e os jornalistas provisionados continuem atuando, desde que com registro regular. Os jornalistas provisionados com registro regular são aqueles que exerciam a profissão até a edição do decreto.O decreto-lei permitiu, ainda, que, por prazo indeterminado, as empresas pudessem preencher um terço de suas novas contratações com profissionais sem diploma. Conforme a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), esses jornalistas provisionados possuem registro temporário para trabalhar em um determinado município. O registro deve ser renovado a cada três anos. E essa renovação só é possível para as cidades onde não haja nenhum jornalista interessado na vaga existente nem curso superior de jornalismo."Uma consequência óbvia da não obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão seria a rápida desqualificação do corpo de profissionais da imprensa do país. Empresas jornalísticas de fundo de quintal poderiam proliferar contratando, a preço de banana, qualquer um que se declare como jornalista. Era assim no passado, e resquícios desse período ainda atormentam a classe jornalística de tempos em tempos", argumenta o parlamentar sergipano, na justificação do seu projeto.Conforme o senador, a principal atividade desenvolvida por um jornalista, no sentido estrito do termo, é "a apuração criteriosa de fatos, que são então transmitidos à população segundo critérios éticos e técnicas específicas que prezam a imparcialidade e o direito à informação". Daí a exigência de formação e profissionalismo.O senador rebateu, nesta quarta, as críticas dos que acham que a PEC é uma "confrontação ao Supremo", já que este teria tentado preservar a cláusula pétrea do texto constitucional que se refere à garantia da liberdade de expressão. Segundo Valadares, a exigência do diploma diz respeito não à liberdade de expressão, mas à qualificação indispensável para uma atividade profissional que interfere diretamente, e de forma ampla, no funcionamento da sociedade.O parlamentar assinalou, também, que a existência da figura do colaborador em todas as redações é uma prova de que a liberdade de expressão não está sendo tolhida. Exemplos disso são médicos, advogados e outros profissionais que escrevem textos técnicos sobre os campos onde atuam. E poderão continuar a fazê-lo, caso a PEC seja aprovada.
Postado no site da UOL. Consulta em 01 de julho de 2009.

Dia de Reis e os sentidos desse evento para nossa história

 Dia de Reis Magos e os sentidos desse evento para nossa história Está escrito no Evangelho de Mateus, 2:1, (...) eis que magos vieram do Or...