domingo, 6 de setembro de 2009

O Galo enquanto signo na cultura

Graças às suas características, como o seu canto ao amanhecer e a sua crista vermelha, o galo foi inicialmente associado ao sol e à luz, visto ainda enquanto o mensageiro da chegada de um novo dia.
Desde a antiguidade o galo é signo da coragem e da proteção ao lar. Os germanos fizeram dele o senhor das fronteiras entre o mundo dos vivos e dos mortos, e os cristãos o adotaram como sinal do triunfo sobre a morte.
Na arquitetura tumular e nas igrejas ainda é comum encontrar a figura do galo. Em Natal a Igreja de Santo Antonio, rico exemplar do barroco, possui um galo no alto de sua torre, com a dupla função de proteger contra os raios, mas também sinalizar a verdadeira luz.
Na linguagem dos sonhos, o galo pode anunciar alegria e felicidade, como também a chegada de um novo amor. Mas caso no sonho, o galo encontra-se em disputa com outro, a cultura popular interpreta como mau agouro, sinal de desavenças e decepções na família.
Quanto na heráldica, o galo é o responsável por dizer as horas e o novo amanhecer, nos brasões da nobreza européia, representa ainda a coragem, a perseverança e a política. É o símbolo do herói, aquele vence o opositor depois de uma luta árdua.
Na cultura brasileira, o galo é símbolo de potência e autoridade, sendo a sua presença marcante em ditos populares e na arte popular. De Portugal veio o Galo de Barcelos, o Rio Grande do Norte nos ofereceu o Galo de cerâmica cozida e colorida.
O Galo é a presença sutil, mas firme na cultura popular, signo de muitos significados, símbolo de audácia e anúncios, força que se renova em cada amanhecer.

Texto produzido para Exposição no Centro de Educação Integrada em comemoração ao XVII Festival de Folclore e Cultura Popular.

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