"Doutor é quem tem doutorado". Faz algum tempo que me inscrevi nesta comunidade no orkut porque acredito que ser doutor exige uma jornada de bastante estudo, responsabilidade social e ética científica. Aliás, estes dois últimos aspectos são os grandes dilemas da pesquisa atual como bem indica Edgar Morin na obra Ciência com Consciência.
A minha paixão pela ciência é antiga, mas minha opção pelas ciências humanas remonta aos meus tempos de menor aprendiz do Banco do Brasil.
Para falar um pouco sobre esta opção lembro que quase quinze anos atrás tive uma conversa com um amigo e colega de trabalho no Cesec, o professor Potiguar. Naquela conversa informal eu lhe dizia que gostaria de ser antropóloga ou cientista social. Ele, muito pacientemente me ouviu e disse: Moura Mendes, faça primeiro História e vá ser professora bem cedo, depois dedique-se às Ciências Sociais. Sábio conselho aquele. Em 2003 entrei na especialização em Antropologia. No ano de 2005 entrei no mestrado em Antropologia Social e no dia 27 de novembro de 2009 fui aprovada no doutorado em Ciências Sociais.
Coincidentemente hoje o encontrei na rua, lembrei de lhe dizer isto, mas acabamos conversando sobre outras coisas e a lembrança, fugaz, fugiu na ocasião. Haverá oportunidades para agradecer pela palavra boa e inspiradora que ele me ofereceu.
A cultura popular nos ensina que um conselho só deve ser dado em duas ocasiões: quando solicitado ou quando pode salvar uma vida. Eu digo mais, conselho útil é todo aquele que pode ser posto em prática, não importando o tempo que leve, mas os efeitos que ainda pode revelar.
Assim, fecho o círculo que iniciei através um aconselhamento de um grande amigo e, desejo que eu possa, diante dos novos desafios sócio-antropológicos que a pesquisa pode trazer, enfrentar as incertezas com a única certeza de ter bem seguido o conselho.
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