Pensamento Cristão
Esquema explicativo elaborado pela professora Dra. Andreia Mendes para uso exclusivo em sala de aula.
1 - 1- O período medieval: filosofia e cristianismo
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Período
medieval: V-XV.
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Invasões
dos povos bárbaros.
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Igreja
católica como instituição social.
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Difusão da
doutrina católica e preservação da cultura greco-romana.
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Importante
papel político na sociedade medieval.
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Quadro
intelectual dominado pela fé cristã: teocentrismo.
2- 2-Cristianismo.
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Religião
surgida dentro do Império romano.
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Jesus
Cristo e seus seguidores.
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Corrente
heterodoxa do judaísmo.
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Manutenção
das escrituras hebraicas e do Novo Testamento.
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Doutrina
cristã integrou elementos da filosofia grega.
3- 3-Fé versus razão
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Fé cristã:
crença irrestrita e incondicional às verdades reveladas por Deus a alguns
intermediários.
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A fé é a
fonte mais elevada das verdades.
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“Toda
verdade, dita por quem quer que seja, é do Espírito Santo”. Santo Ambrósio.
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A
investigação científica ou filosófica não deveria contrariar a fé católica.
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Papel dos
filósofos: demonstrar racionalmente as verdades da fé.
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Defesa do
conhecimento da filosofia grega para melhor argumentar com os descrentes e
hereges.
4- 4- Filosofia medieval cristã
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Período dos
padres apostólicos: Paulo de Tarso ou são Paulo.
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Período dos
padres apologistas: Orígenes, Justino e Tertuliano.
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Período da
patrística: Santo Agostinho e a filosofia platônica.
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Período da
escolástica: Tomás de Aquino ou santo Tomás de Aquino e a filosofia de
Aristóteles.
5- 5- Patrística: a matriz platônica de apoio à fé.
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Elaboração
de textos sobre as revelações da fé cristã.
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Santo
Agostinho (354-430): conciliação entre o cristianismo e o pensamento pagão.
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Professor
de retórica em escolas romanas, foi influenciado pelo maniqueísmo.
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Vivência de
uma crise existencial e contato com o neoplatonismo.
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Defesa da
supremacia do espírito sobre o corpo.
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O pecador
usaria o livre arbítrio para submeter a alma ao corpo.
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Verdadeira
liberdade: harmonia entre as ações humanas e a vontade de Deus.
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Necessidade
da graça divina aos predestinados.
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Pelágio:
boa vontade e boas obras seriam suficientes para a salvação.
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Condenação
pelo Papa Zózimo como heresia.
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Ênfase a
vida interna para a visão das verdades essenciais.
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O ser
humano não pode ser autônomo (como defendia Sócrates) por sempre se inclinar
para o mal.
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Precedência
da fé sobre a razão.
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A verdade
como conhecimento eterno deve ser buscada intelectualmente no mundo das ideias.
6-
Escolástica: a matriz aristotélica até Deus
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Renascença
Carolíngia: fundação de escolas pelo imperador Carlos Magno.
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Trivium:
gramática, retórica e dialética.
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Quadrivium: geometria, aritmética, astronomia e música.
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Aristotelismo
como influência do período.
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Questão dos
universais: estudo das linguagens (trivium)
para as coisas (quadrivium).
7-Santo
Tomás de Aquino.
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Tomismo:
defender as revelações do cristianismo.
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Filosofia
de Aristóteles tomada como instrumento a serviço da solução dos problemas
teológicos.
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Princípios
básicos:
1.
Princípio
da não contradição: o ser é ou não é.
2.
Princípio
da substância: os seres possuem sua essência (substância) que é diferente da
sua qualidade (acidente).
3.
Princípio
da causa eficiente: todos os seres são contingentes, ou seja, não possuem a
causa eficiente de suas existências.
4.
Princípio
da finalidade: todo ser contingente tem uma razão de ser ou uma causa final.
5.
Princípio
do ato e da potência: todo ser possui duas dimensões =>
Ato: existência atual.
Potência: capacidade de realização do ser.
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Ser e
essência: somente Deus é completo. Quando um ser humano morre, sua essência
desaparece.
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Provas da
existência de Deus:
1. Primeiro motor: Deus é o motor de todas as
coisas.
2. Causa eficiente: Deus é a primeira causa
eficiente de todas as coisas.
3. Ser necessário e ser contingente: todas as
coisas que existem podem deixar de existir, com exceção de Deus.
4. Os graus de perfeição: só existe um ser com o
máximo de todas as qualidades => Deus.
5. A finalidade do ser: existe um ser inteligente
que dirige todas as coisas na natureza, esse ser é Deus.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
COTRIM, Gilberto. Fernandes, Mirna. Fundamentos da filosofia. 4. ed. São
Paulo: Saraiva, 2016.