O PENSAMENTO CLÁSSICO
Esquema explicativo produzido por Professora Doutora
Andreia Mendes
1-
Introdução
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Apogeu
da filosofia clássica no século V a. C.
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Interesse
pela vida política e social.
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Valorização
do conhecimento.
2- Democracia ateniense
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Apogeu
das cidades-estados.
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Atenas:
transição da monarquia para a aristocracia.
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Reformas
de Drácon, Sólon e Clístenes.
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Princípio
de isonomia: todos os cidadãos são iguais perante às leis.
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Péricles
(499-429): Era de Ouro de Atenas.
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Democracia
direta: direito ao voto e à palavra.
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Modelo
democrático excludente: mulheres, escravos e estrangeiros.
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Ágora:
local de discussão e das assembleias.
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Valorização
do uso da palavra e da razão.
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Desenvolvimento
de habilidades argumentativas e dialéticas.
3-
Sofistas e a retórica
·
Professores
viajantes.
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Vendiam
seus ensinamentos.
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Método
de ensino: exposição ou monólogo
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Aulas
de eloquência e sagacidade mental.
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Sofistas:
“grande mestre”, “super sábios”.
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Doutrinas
divergentes.
4-
Sofisma
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Transmissão
de jogos de palavras, raciocínios e concepções.
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Concepções
filosóficas relativistas.
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Verdade
como algo relativo ao indivíduo e sua história
·
Termo
sofista como enganador, impostor, manipulador
·
Compreensão
flexível.
5- Protágoras de Abdera
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“O
homem é a medida de todas as coisas”.
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O
mundo é como os seres humanos o interpretam.
·
Criticado
pelo subjetivismo do seu pensamento.
6- Górgias
de Leontini
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Grande
orador.
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Ceticismo
absoluto: “O ser não existe”.
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Seu
pensamento é considerado niilista.
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Não
havia uma verdade absoluta, apenas a ilusão gerada pelos sentidos.
7-
Sócrates e a Dialética
·
Marco
divisor da filosofia grega.
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Não
deixou nada escrito.
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Filho
de um escultor e de uma parteira.
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União
da vida concreta ao pensamento: saber-fazer.
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Consciência
intelectual à consciência prática moral.
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Concentração
no problema do ser humano.
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O
que é o ser humano? Alma dotada de razão. Eu consciente.
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“Conhece-te
a ti mesmo”: entrada do Oráculo de Delfos.
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Filosofia
baseada no diálogo crítico: dialética.
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Refutação
ou ironia: perguntas para evidenciar as contradições.
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Maiêutica:
novas questões para concepção ou reconstrução das ideias.
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Acusado
de corromper a juventude e desrespeitar os deuses: execução por envenenamento.
8- Platão
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Nome
real: Arístocles.
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Platão:
Apelido para “ombros largos”.
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Discípulo
de Sócrates.
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Academia:
escola filosófica.
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Pensamento
vasto e influente.
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Criação
do dualismo platônico.
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Problema
da permanência e mudança/ unidade e multiplicidade.
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Teoria
das ideias: ontologia dualista.
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Mundo
sensível: matéria, coisas, temporariedade.
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Mundo
inteligível: ideias, imutabilidade.
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O
ser verdadeiro é transcendente e separado do mundo.
9-
Cosmogênese de Platão
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Demiurgo
(princípio gerador), ideias eternas, matéria indeterminada.
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Teoria
do conhecimento: passagem do mundo sensível para o mundo das ideias.
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Sombras
e aparências versus essências ou seres verdadeiros.
10-
Método dialético
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Impressões
e sensações: opinião (doxa).
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Passagem
da filodoxia (amor pela opinião) para a filosofia (amor pela sabedoria).
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Conhecimento
deve penetrar na esfera racional da sabedoria (mundo das ideias).
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Contraposição
de uma opinião à crítica dela.
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Concepção
gnosiológica inatista: recordação das verdades eternas e imutáveis.
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Imagem
do passado: reminiscência da alma.
11-
Reis-filósofos
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Doutrina
política de Platão.
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Filósofos
com condições de libertar as pessoas da ilusão e atingir o mundo luminoso da
realidade e sabedoria
·
Sociedade
ideal governada por reis-filósofos.
·
Ideia
do bem.
12-
Aristóteles
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Discípulo
de Platão por 20 anos.
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Professor
de Alexandre da Macedônia.
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Liceu:
escola filosófica.
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Biologia:
observação e classificação dos seres vivos.
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Desenvolvimento
da lógica como ferramenta de raciocínio
13- Método indutivo
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Finalidade
das ciências: desvendar a constituição essencial dos seres, compreender o
universal e criar relações entre o particular para o geral.
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Multiplicidade
dos seres percebidos pelos sentidos.
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Rejeição
da teoria das ideias.
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Ciência
como partida da realidade sensorial empírica.
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Indução:
processo intelectual básico.
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Alcance
de conclusões científicas, conceituais de âmbito universal.
14- Hilemorfismo teleológico
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Hylé=
matéria.
·
Morphé
= forma.
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Teoria
da realidade.
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Natureza:
ciclos constantes e regulares.
·
Organismos:
todo orgânico, coordenado e coeso.
·
O
inteligível opera dentro das coisas.
15- Matéria e forma
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Sensível
e inteligível unidos.
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Análise
ontológica para identificação e separação.
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O
ser verdadeiro é imanente
·
Matéria:
princípio indeterminado.
·
Forma:
princípio determinado.
·
A
forma faz os seres como são.
·
A
forma muda, mas a matéria permanece
·
A
forma é a ideia (Platão).
16-
Potência e ato
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Problema
da permanência e da mudança.
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Ato:
aquilo que o ser já é (manifestação atual).
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Potência:
possibilidades do ser vir a ser.
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Explicação
da mudança no mundo, o movimento e a transitoriedade das coisas.
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Paralelismo
entre matéria e forma, potência e ato.
17- Substância e acidente
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Substancial:
atributo estrutural e essencial do ser,
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Acidental:
atributo circunstancial e não essencial
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Ser
natural: mudança por princípio interno (intrínseco).
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Ser
artificial: mudança por princípio externo (extrínseco).
18- Quatro causas dos seres
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Causa
material: matéria (mármore).
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Causa
formal: forma (estátua).
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Causa
eficiente: agente de transformação (escultor).
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Causa
final: objetivo (decoração, homenagem).
19- Mundo finalista e primeiro motor
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Vida
animal e vegetal: expressão da sua finalidade.
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Causa
final: mais importante.
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Primeiro
motor: Origem do mundo, sendo eterno, movimento sem começo nem fim.
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Tudo
o que se move deve ter sido colocado em movimento por um agente motor.
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Doutrina
do 1º motor ou motor imóvel: causa primeira de todo o movimento.
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Atração:
todas as coisas tendem àquilo que é bom, belo e inteligente.
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1º
motor: ato puro e perfeito> causa final do mundo.
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Concepção
de mundo teleológica: primazia da causa final.
20- Ética
do meio-termo
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Ser
humano enquanto ser racional.
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Atividade
da razão (ato de pensar): essência humana.
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Felicidade:
viver de acordo com a racionalidade, consciência reflexiva, conduzindo-se para
prática da virtude.
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Virtude:
meio-termo: justa medida de equilíbrio entre o excesso e a falta de atributo.
Referência bibliográfica:
COTRIM, Gilberto. Fernandes, Mirna. Fundamentos da filosofia. 4. ed. São
Paulo: Saraiva, 2016.