Lembro quando tinha 14 anos de idade e participei de uma seleção para trabalhar no Banco do Brasil. Foi um momento muito especial, pois, eu era apenas uma adolescente recém ingressa no ensino médio e finalmente tinha conquistado a primeira página assinada de minha carteira de trabalho. Naquela época (anos 90), muitas empresas investiam no que hoje chamamos de “primeiro emprego” e não havia tantas exigências, bastava estar matriculado e frequentar as aulas.
O século XXI trouxe novas demandas e também novas exigências para os jovens. Atualmente, não basta cursar o ensino médio ou ter concluído esta etapa, faz-se necessário ter outras capacitações e possuir alguns certificados na mão. A mudança é um sinal dos novos tempos, com a competição acirrada entre os mercados, é preciso manter um time qualificado e pronto para os novos desafios que esta “sociedade da informação” pede de todos nós. Cursar uma boa faculdade é uma nova exigência que reforça o “sinal dos tempos.”
E quais são os desafios atuais? Cada dia o jovem é impelido a fazer mais cedo a escolha por sua carreira e definir o quanto antes que área deseja atuar, buscando intensamente qualificar-se para conseguir novas colocações dentro do mercado de trabalho.
Numa conversa com alguns alunos anos atrás eu lhes dizia que décadas atrás, você podia terminar o ensino médio e afirmar que tinha concluído os estudos. Na primeira década do século XXI percebemos que é preciso manter-se em formação constante, indo além da faculdade e buscando a pós-graduação para marcar o seu diferencial no mundo do trabalho.
Os dilemas são muitos, os desafios são inúmeros, mas o jovem de hoje precisa compreender que o mundo mudou e com ele as relações de trabalho ficaram mais “líquidas”, exigindo que a juventude se mobilize no sentido de superar estas barreiras e encontrar o seu “lugar ao sol”.
* Texto publicado na Revista Mil Olhares, Parnamirim, Ano 1- Nº 2, Maio de 2011. p.11.