A decisão do STF em abolir a obrigatoriedade do diploma de jornalista deixou muitos profissionais da área, professores formadores e diretores de curso de comunicação social surpresos e decepcionados com a arbitrária decisão.
Nos últimos quarenta anos houve importantes avanços na profissionalização da função de jornalista, garantindo mais ética no exercício do ofício e uma formação ampla e voltada para aprimorar as competências e habilidades que esta profissão exige.
A partir do momento que uma categoria inteira é desobrigada de ter o seu direito de profissionalização e formação superior, acontece a abertura para o amadorismo e a falta de uma compreensão sobre os principais aspectos sócio-culturais e políticos-econômicos, além da ausência de um entendimento profundo dos contextos que formam o ser Brasil.
Enquanto professora formadora de profissionais da comunicação social na Universidade Potiguar, lamento a posição da Corte do Brasil e entendo que a nossa prática educativa é de fato essencial e contribui sobremaneira na consolidação de um jornalismo ético e responsável.
A hora é de reflexão, mas sobretudo de ação. Não podemos deixar que o jornalismo brasileiro desapareça no meio de uma imprensa marrom e pouco comprometida socialmente falando.
Aguardaremos a próxima categoria que será alvo indefeso de ministros preocupados com o presente e esquecidos de um futuro em construção. É preciso lembrar que existe muito mais do que um diploma em jogo.
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